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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Intoxicação alimentar


A intoxicação alimentar ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, o que embora possa se dar também no ambiente doméstico, ocorre com mais frequência quando a pessoa come em piqueniques, refeitórios, grandes eventos sociais ou restaurantes, onde a higienização dos alimentos costuma ser mais precária.

A intoxicação alimentar quase sempre ocasiona uma gastroenterite (inflamação do estômago e intestino) e sintomas na área digestiva.

A causa da intoxicação alimentar é a ingestão de alimentos ou água contaminados com certos tipos de bactérias, parasitas, vírus ou fungos.

A maioria dos casos de intoxicação alimentar é provocada por bactérias comuns como Staphylococcus aureus ou Escherichia coli, mas outros agentes podem estar presentes: Clostridium botulinum, cólera, intoxicação por peixe contaminado, salmonela e shigella, entre outros.

Os sinais e sintomas da intoxicação alimentar surgem de forma aguda, pouco tempo depois de ser ingerida água ou algum alimento contaminado (2 a 6 horas após).

Independentemente do agente causal, os principais sinais e sintomas da intoxicação alimentar são basicamente os mesmos: dores no estômago, cólicas abdominais, dores de cabeça, febre, calafrios, diarreia, vômitos e fraqueza. As intoxicações pelo Clostridium botulinum, que causam uma condição chamada de botulismo, são graves e além dos distúrbios gastrointestinais podem ocasionar sintomas neurológicos, como visão dupla e dificuldade para focalizar objetos, para falar e engolir.

Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso, queda da pressão arterial e presença de sangue nas fezes.

O diagnóstico de suspeita é feito pelo próprio paciente que prontamente relaciona os sintomas com aquilo que tenha comido, principalmente se foi algo fora da sua rotina.

O médico que suspeitar de intoxicação dessa natureza deve procurar obter uma cuidadosa história dos últimos episódios alimentares do paciente.

É comum que mais de uma pessoa que tenha participado de uma mesma refeição contaminada, adoeça igualmente com os mesmos sintomas.

Quase sempre o diagnóstico definitivo pode ser feito a partir desses dados clínicos, mas se existirem dúvidas podem ser feitos exames químicos de sangue, de fezes ou inspeção do vômito e da comida ingerida.

Os exames laboratoriais também servem para avaliar o estado geral do paciente e para descartar outras patologias.

Em raros casos graves o médico pode lançar mão de uma sigmoidoscopia (endoscopia intestinal realizada por meio de um tubo introduzido através do ânus) para verificar a origem do sangramento, se houver.

Algumas intoxicações alimentares são autorresolutivas com cuidados simples como alimentação leve e ingestão de bastante líquido, mas outras exigem intervenção médica e internação, podendo inclusive levar à morte.

Ocorrências como cólicas abdominais, dores de cabeça, febre, etc., devem ser tratadas sintomaticamente.

As intoxicações alimentares em crianças pequenas ou em adultos debilitados exigem cuidados especiais.

Nos casos mais simples o paciente deve fazer repouso e ingerir pelo menos 2 litros de líquidos por dia, para evitar ou corrigir a desidratação.

Em casos mais severos devem ser administrados medicamentos que visem controlar os vômitos e pode ser necessário fazer reposição venosa de líquidos e sais minerais.

E nos casos de infecções bacterianas o médico deverá prescrever antibióticos específicos.

Como evitar a intoxicação alimentar?

•Lavar bem os alimentos a serem consumidos, bem como os utensílios em que eles serão preparados.
•Evitar ingerir laticínios ou alimentos contendo maionese, que tenham sido mantidos fora da geladeira por muito tempo.
•Evitar comer peixes crus ou ostras.
•Lavar bem as frutas ou vegetais que serão consumidos crus.
•Evitar carnes ou ovos mal cozidos.
•Não beber água de poço, rio ou de regiões sem tratamento. Somente consumir água potável, filtrada ou fervida.
•Todas as pessoas que preparam alimentos devem lavar bem as mãos antes de começar a manuseá-los.
•Todas as pessoas devem lavar as mãos com água e sabão antes das refeições e após o uso do banheiro.

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