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terça-feira, 18 de março de 2014
Xantelasma
Xantelasma (ou xanteloma) é uma doença dermatológica caracterizada pelo aparecimento de bolsas amareladas ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras.
O xantelasma não é propriamente uma doença em si, mas a manifestação de um distúrbio no metabolismo.
As bolsas que aparecem nas pálpebras são constituídas por depósitos de colesterol e lipídeos e podem estar ligadas a alterações dos lipídeos sanguíneos ou a alterações locais do metabolismo de gorduras, propiciados pelo diabetes, cirrose, doenças do metabolismo e alguns tipos de câncer.
Sabe-se que os níveis elevados de colesterol levam os macrófagos a agir, acumulando gorduras em seu interior.
Curiosamente em até dois terços dos pacientes os valores de colesterol sanguíneo podem estar normais.
Os macrófagos (um tipo de glóbulos brancos - veja imagem abaixo) literalmente engolem a gordura excedente nos tecidos e não conseguem eliminá-la e se transformam em células cheias de gordura, que se acumulam na superfície da pele.
Os principais sinais e sintomas do xantelasma são lesões planas ou ligeiramente salientes, amareladas, de até 7,5 cm de diâmetro, de consistência mais firme que a pele normal.
São caracteristicamente macias à palpação e possuem coloração amarela ou castanha e bordas bem definidas.
Essas lesões não geram sintomas, causando um incômodo apenas estético ou em decorrência de sua localização como, por exemplo, atrapalhando a visão.
Embora as lesões possam aparecer em qualquer região do corpo, depois das pálpebras elas são mais frequentes nos cotovelos, articulações, tendões, joelhos, mãos, pés e nádegas.
O diagnóstico do xantelasma é eminentemente clínico, baseado na inspeção das lesões.
É importante observar o histórico médico do paciente, em busca de algum distúrbio subjacente. Se a pessoa já tem história de alguma das doenças de base que provocam xantelasmas, o diagnóstico pode ser feito pela inspeção e pela palpação da lesão.
Se os nódulos são novos, devem ser feitos testes laboratoriais de sangue para dosar os níveis sanguíneos de glicose, de lipídios e de substâncias relacionadas com o funcionamento do fígado.
O diagnóstico de confirmação pode ser realizado com uma biópsia, a qual irá revelar a presença de depósito de gordura.
O tratamento do xantelasma tem por objetivo destruir ou fazer a ressecção das lesões e pode ser feito por cauterização química, eletrocoagulação, laser ou retirada cirúrgica.
A escolha do dermatologista quanto ao tipo de tratamento a ser empregado vai depender da extensão das lesões e das características de cada caso particular.
Ao mesmo tempo, devem ser empreendidos os tratamentos das doenças de base.
O controle das taxas sanguíneas de lipídeos no sangue (como o colesterol e os triglicérides) e das demais enfermidades de base (diabetes, hiperlipidemia, cirrose etc.) ajuda a reduzir o surgimento de xantelasmas.
As alterações metabólicas que resultam no depósito de gordura no organismo podem constituir um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares.
O xantelasma é um indicador importante de insuficiência hepática, por desregulação do metabolismo lipídico
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