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quinta-feira, 6 de março de 2014

Insuficiência Hepática


A insuficiência hepática é a consequência mais grave de quase todas as doenças crônicas no fígado.

É a situação em que as funções do fígado geralmente encontram-se diminuídas, ocasionando dificuldades do órgão em desempenhar suas funções normais.

Ela pode ser aguda ou crônica e cada uma delas pode ser de natureza benigna ou maligna.

A insuficiência hepática aguda complicada por encefalopatia costuma ser fulminante, deteriorando significativamente o fígado e quase sempre levando o paciente à morte em poucos meses.

As alterações funcionais do fígado são a consequência comum de todos os distúrbios que afetam os hepatócitos, as células funcionais do fígado. As causas da insuficiência hepática podem ser tóxicas e não tóxicas.

Entre as primeiras, encontram-se uma infinidade de substâncias que podem causar insuficiência hepática, como hepatotoxinas intrínsecas; certos medicamentos e metais; fósforo; ouro; álcool etc.

Entre as causas não tóxicas pode-se citar: hepatite viral aguda, hepatite crônica autoimune, doença de Wilson etc.

Quase todas essas causas levam, com o tempo, a uma cirrose (“cicatrização”) hepática que afeta a função do órgão.

Os sinais e sintomas da insuficiência hepática dependem de sua intensidade. Se leve, ela provoca manifestações ligeiras ou até pode ser assintomática; se moderada, ocasiona manifestações evidentes; quando grave, provoca manifestações muito evidentes e complicações sérias.

Os principais sinais e sintomas da insuficiência hepática podem ser: anorexia; náuseas; vômitos; desconforto abdominal; icterícia (amarelão); aumento das bilirrubinas; hipoglicemia; baixa concentração de albumina, causando edemas; odor "bolorento" no corpo; acidose lática; distúrbios da coagulação do sangue; insuficiência renal e hemorragias gastrointestinais.

Casos graves evoluem para encefalopatia, com manifestações que incluem depressão do sistema nervoso central e distúrbios da função neuromuscular (aumento do tônus muscular, movimentos mioclônicos e tremores).

Podem surgir outros sintomas como cansaço, fraqueza e falta de apetite.

O diagnóstico da insuficiência hepática pode ser feito pela análise do quadro clínico e por exames laboratoriais de sangue, que mostrarão aumento das bilirrubinas; hipoglicemia ou hiperglicemia; acidose lática; alterações da creatinina, ureia, albumina e bilirrubinas; dosagem dos eletrólitos; transaminases e tempo de protrombina ou outras provas das funções hepáticas.

Pode-se realizar ainda tomografia computadorizada do crânio e eletroencefalograma (EEG), em caso de encefalopatia.

Além disso, outros exames podem ser necessários para esclarecer as condições causais da insuficiência hepática.

O tratamento da insuficiência hepática dependerá da causa e dos sintomas.

Nas situações mais graves o tratamento é feito através de um transplante do fígado que, em alguns casos, pode salvar vidas.

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