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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Paralisia Cerebral Infantil


A paralisia cerebral (ou encefalopatia crônica não progressiva) não é uma doença, mas um estado patológico e refere-se a vários distúrbios cerebrais não completamente curáveis, que existem em decorrência de lesões de uma ou mais de uma área cerebral.

Estas alterações podem atingir os movimentos corporais, o complexo muscular e, por vezes e em graus variáveis, o desenvolvimento intelectual.

A paralisia cerebral se deve a lesões ocorridas devido à carência de oxigênio das células cerebrais, normalmente provocadas ao longo da gravidez, durante o trabalho de parto, logo após sua conclusão ou na infância muito precoce.

Embora no todo sejam irreversíveis, os danos musculares podem ser parcialmente reduzidos com as terapêuticas apropriadas.

Algumas causas maternas de paralisia cerebral no período anterior ao nascimento são: rubéola, toxoplasmose, sífilis, AIDS, consumo exagerado de drogas, álcool ou fumo.

Já no parto as causas mais comuns são as hemorragias intracranianas e os traumas cerebrais.

As doenças do bebê que podem funcionar como causas são as meningites, as convulsões de outras etiologias e a desnutrição, entre outras.

Segundo a esfera afetada, a paralisia cerebral pode provocar deficiência mental, problemas na visão, comprometimento do comportamento, da linguagem, distúrbios ortopédicos e epilepsia. Se as áreas atingidas não forem aquelas às quais se atribuem as funções do pensamento e da memória, o desenvolvimento intelectual pode ser normal.

Às vezes, são as faculdades de ver, ouvir ou falar que são afetadas e as pessoas são equivocadamente consideradas como deficientes mentais.

Os pacientes com paralisia cerebral possuem principalmente comprometimento motor discinético (que afetam os movimentos), do tipo tetraplegia (paralisia dos quatro membros), monoplegia (paralisia de um dos membros), diplegia (paralisia de dos dois membros) e hemiplegia (paralisia dos membros de um lado do corpo) ou hipercinéticos (que tornam os movimentos exagerados).

Também são comuns cifoescoliose (problema na coluna), deformidades nas pernas e nos pés.

O diagnóstico de paralisia cerebral e da sua especificidade deve ser feito pelo neurologista infantil, que poderá querer contar com a colaboração de outros profissionais como psicólogos, fisioterapeutas, etc.

Como em geral o diagnóstico só pode ser feito alguns meses depois da lesão causal, ele muitas vezes é difícil ou torna-se especulativo.

A tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o eletroencefalograma podem auxiliar muito na localização e dimensionamento das lesões.

O tratamento da paralisia cerebral variará segundo as especificidades de cada caso e com a natureza desta enfermidade.

Por exemplo; se houver ataques epiléticos deve-se tentar controlá-los; se houver espasmos, deve ser desenvolvida uma terapêutica para contê-los; se houver complicações ortopédicas deve-se procurar corrigi-las, etc.

O tratamento cirúrgico é reservado para a necessidade de corrigir deformidades e/ou estabilizar articulações, além de preservar a função e aliviar a dor, se for o caso.

Em todos os casos, a terapêutica deve ser interdisciplinar e reunir esforços de médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

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