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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Esteatose Hepática


Esteatose hepática, infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada popularmente de “gordura no fígado” ou “fígado gorduroso”.

Normalmente, o fígado possui gordura em quantidade que corresponde a 10% do seu peso.

Quando ela excede esse valor, diz-se que o fígado está acumulando gordura.

Esse acúmulo de gordura, se não tratado, acaba por causar uma inflamação das células hepáticas (esteatohepatite) e pode levar à cirrose hepática.

Não se conhece exatamente as causas da esteatose hepática, mas sabe-se que o acúmulo de gordura é a maneira mais comum do fígado responder às agressões ao seu funcionamento.

A principal delas é o abuso de álcool, mas outras são as hepatites por vírus, o diabetes mellitus, a obesidade, o colesterol ou os triglicérides elevados, o consumo de drogas, a desnutrição, certa cirurgias abdominais e a gravidez.

O álcool é um fator tão importante e frequente que faz com que as esteatoses sejam divididas em alcoólicas e não alcoólicas.

Mesmo pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool podem ter esteatose hepática, apesar de isso ser menos comum. A esteatose hepática incide mais no sexo feminino que no masculino, provavelmente por ação do estrogênio.

Existe também esteatose hepática causada por algumas doenças metabólicas congênitas ou hereditárias que já se manifestam nas crianças de tenra idade (crianças de poucos anos).

Normalmente, os sintomas da esteatose hepática só se tornam evidentes quando a doença já se encontra avançada, pois a doença inicial é assintomática.

Quando existem, os principais sinais e sintomas costumam ser enjoos, vômitos, dor, inchaço abdominal e pele e olhos amarelados.

Inicialmente a esteatose hepática pode não gerar sintomas e por isso é mais frequentemente diagnosticada por acaso ao se realizar exames de imagens por outros motivos.

A suspeita da esteatose hepática pode ser obtida a partir da história clínica e do exame físico, que detecta aumento de volume do fígado.

Os exames de sangue relativos ao fígado podem apresentar alterações das chamadas enzimas hepáticas (TGO e TGP) e de outros marcadores de doença do fígado, como a gama GT.

Na esteatose hepática simples as enzimas do fígado estão normais, enquanto na esteatohepatite há aumento das mesmas.

Os métodos de imagem, como a ultrassonografia de abdome, tomografia computadorizada ou ressonância magnética ajudam a esclarecer o diagnóstico, mas em alguns casos só a biópsia do fígado fornece um diagnóstico de certeza.

A esteatose hepática é uma doença reversível.

Quando é feita a identificação da causa é possível instituir-se um tratamento específico.

Geralmente o tratamento é multidisciplinar e envolve, além do acompanhamento médico, orientação nutricional e atividade física programada.

A terapêutica é baseada em uma dieta hipocalórica, consistente em evitar frituras, gorduras e doces e aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e carnes magras, bem como a prática de exercícios e o afastamento de outras causas da doença. Medicamentos nem sempre são indicados, porque apresentam resultados controversos.

O paciente pode ajudar perdendo peso, adotando uma dieta saudável, fazendo exercícios com regularidade, controlando seu colesterol e protegendo seu fígado contra fatores agressores.

Em alguns casos uma inflamação das células hepáticas associadas à esteatose pode estar presente e, se não controlada, tem o potencial de evoluir para cirrose hepática.

A evolução da esteatose hepática para a cirrose é facilitada pela associação com a hepatite B ou C, a colestase, doenças metabólicas ou autoimunes ou álcool.

A complicação mais temida da esteatose hepática é a cirrose hepática.

Ela, no entanto, só ocorre após alguns anos de esteatose não tratada e após uma fase de esteatohepatite.

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