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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tratamentos com medicamentos com ação sobre o sistema nervoso durante a gestação


Diante de um profissional (ou o que é pior, um curioso ou parente ‘bem intencionado’) o qual recomenda enfática e empafiamente que “não se deve consumir nenhum medicamento durante a gravidez e lactação”, experimente perguntar em qual categoria de classificação de riscos se enquadra o medicamento em questão.

Pergunte em qual época da gestação “não se deve consumir nenhum medicamento”, pergunte ainda, qual a porcentagem da substância que atravessa a placenta ou aparece no leite materno, pergunte, enfim, de onde essa pessoa tirou tais informações.

Você vai ver que ninguém, ou poucas dessas pessoas, entende sobre o assunto ou têm alguma autoridade científica sobre ele.

Essa negligência por omissão ou por ignorância científica, infelizmente, é bastante observada entre ginecologistas, obstetras e pediatras.

É muito mais fácil proibir tudo quando não se conhece nada.

A gravidez é um momento de importante mudança emocional para a mulher, havendo um grande aumento do estresse e da ansiedade.

Com freqüência a medicação psicotrópica adequada pode ser indispensável para o tratamento desses transtornos, a despeito de a paciente estar grávida.

O tratamento dos distúrbios psiquiátricos manifestados neste período pode apresentar dilemas difíceis, devendo sempre envolver uma análise cuidadosa dos riscos e dos benefícios do tratamento.

Por isso o intercâmbio continuado entre obstetras e psiquiatras deve ser incentivado fortemente, a fim assegurar o melhor resultado possível para a mãe e para o bebê.

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