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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Lombalgia


A lombalgia (dor lombar ou lumbago) não é uma doença, mas um sintoma que pode aparecer por diferentes causas, algumas simples, outras complexas.

É a manifestação dolorosa que acontece na região lombar (parte baixa das costas, na região mais baixa da coluna, perto da bacia), em virtude de alguma anormalidade nessa região do corpo.

A região lombar é uma área muito importante da coluna vertebral, constituída por cinco vértebras que suportam grande parte do peso do indivíduo e dão flexibilidade ao corpo.

Entre elas localizam-se discos de fibrocartilagem, que impedem que elas encostem umas nas outras.

Nos espaços entre as vértebras emergem as raízes nervosas.

Daí que essa complexa estrutura seja muito sujeita a patologias, quase sempre dolorosas.

A lombalgia só perde em frequência para a cefaleia, entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem.

Quase sempre a lombalgia é de origem mecânico-degenerativa.

Ela pode decorrer do uso excessivo das estruturas dorsais ou de deformidade dessas estruturas.

Pode ainda ser causada por:

•Esforços repetitivos.

•Excesso do peso a que a coluna fica submetida.

•Obesidade.

•Sedentarismo.

•Condicionamento físico inadequado.

•Má posição de sentar, deitar, abaixar-se no chão ou carregar algum objeto pesado.

•Má postura no trabalho.

•Traumatismos.

•Causas relacionadas ao envelhecimento, como artrose (bico de papagaio) e osteoporose.

•Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra e até problemas emocionais.

Em cerca de10% dos adultos a dorsalgia, como também costuma ser chamada a lombalgia, se deve a uma doença sistêmica.

Nem sempre é possível determinar suas causas, que muitas vezes permanecem obscuras.

A lombalgia pode ser influenciada por deficiências do sono, fadiga, sedentarismo e fatores psicossociais.

Uma das maiores causas de dores lombares é a degeneração dos elementos que compõem a coluna, principalmente os discos intervertebrais, em virtude da idade. Com o passar dos anos eles se desgastam, perdem hidratação e se tornam mais rígidos e quebradiços, podendo ficar inflamados e gerar dor.

Além disso, podem dar motivos a herniações que comprimam os nervos, o que causa dores e dormências que se irradiam para os membros inferiores.

As fraturas vertebrais; sejam elas espontâneas, em razão de pequenos traumas e quedas ou devido à osteoporose, que ocorre principalmente nas mulheres; também geram dores lombares.

A lombalgia pode ser aguda ou crônica. Na forma aguda a dor é forte e inicia-se repentinamente, em geral depois de um esforço físico.

É mais comum na população mais jovem e a sintomatologia tende a desaparecer, com ou sem tratamento.

A forma crônica acontece com mais frequência entre os mais velhos.

Nesse caso, a dor não é tão intensa quanto na lombalgia aguda, porém, é mais persistente.

Em alguns casos, a dor pode ficar restrita à região lombar, mas quando estão associadas a dores ciáticas, as dores se irradiam para os glúteos, a coxa, a perna e/ou o pé.

Uma história clínica cuidadosa, que faça um minucioso levantamento do histórico da doença do paciente, é a ferramenta diagnóstica mais importante.

O modo de início da dor, bem como a natureza e a duração dela, dão importantes indícios sobre sua provável causa.

O diagnóstico por imagens (radiografias, ressonância magnética, etc.) ajuda a esclarecer o caso, mas quase sempre é desnecessário.

Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa história clínica e exame físico.

Uma lombalgia persistente num adolescente ou jovem requer uma investigação detalhada.

Quando existe um causa identificada, deve ser feita a remoção dela, se possível.

Os tratamentos sintomáticos devem envolver medicamentos anestésicos e anti-inflamatórios.

Os sedativos podem ser empregados para manter os pacientes em repouso porque nas crises agudas o exercício é totalmente contraindicado.

Massagens e acupuntura também são frequentemente usadas.

O tratamento cirúrgico só está indicado numa pequena porcentagem de pacientes, quando a dor persiste apesar dos tratamentos clínicos.

Mesmo os casos de hérnia de disco não têm de ser necessariamente operados, porque quase todos regridem com repouso no leito.

Grande parte das lombalgias, talvez a maioria delas, aparece e desaparece de forma relativamente rápida, mas há as que são tão intensas a ponto de levarem temporariamente à incapacidade de ficar de pé e andar, em virtude do “travamento” da coluna.

Como prevenir a lombalgia?

•Procure manter o peso corporal dentro dos limites normais.

•Faça atividades físicas moderadas, corretamente orientadas. Ao fazer exercícios com pesos, proteja a sua coluna deitando ou sentando com apoio nas costas.

•Evite levantar e carregar peso excessivo ou permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão para pegar algo, dobre os joelhos e agache; não dobre a coluna.

•Ao dormir, evite usar colchão mole demais ou excessivamente duro. Se tiver de ficar um dia inteiro em pé, procure deitar com as pernas para cima no final do dia, para relaxar a coluna.

•A correção postural pode evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica.

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