Pesquisar este blog

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Prolapso de Mitral


Denomina-se de prolapso da válvula mitral à situação em que a válvula que separa o átrio esquerdo (câmara superior esquerda do coração) do ventrículo esquerdo (câmara inferior esquerda do coração), formada por dois folhetos, não fecha completamente.

Normalmente, a válvula mitral se abre para que o sangue flua do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo do coração durante a diástole (dilatação do coração) e se fecha durante a sístole (contração do coração) para impulsionar o fluxo do sangue em direção à aorta e aos vasos sanguíneos posteriores e não permitir que ele retorne ao átrio, numa situação chamada regurgitação mitral.

O prolapso da válvula pode ter várias causas, mas na maioria dos casos ela é desconhecida. Algumas formas de prolapso parecem ser herdadas; outras têm sido associadas ao hipertireoidismo.

Um ligeiro prolapso da válvula mitral costuma existir em mulheres muito magras com deformidades da parede torácica ou outros distúrbios em sua compleição física.

Ele é também associado a pacientes que tenham deformidades esqueléticas hereditárias ou congênitas.

Quase sempre o prolapso é inofensivo e os pacientes nem sequer sabem serem portadores do problema.

Nesses casos o prolapso da válvula mitral não gera sintomas ou eles são muito discretos, permanecendo assim durante toda a vida, e a condição só é descoberta num exame cardiológico de rotina ao fazer-se, por exemplo, um ecocardiograma. Nos pacientes que exibem sintomas, os mais comuns são:

•Palpitações.

•Dores no peito que ocorrem independentemente de exercícios.

•Dificuldade para respirar, sobretudo quando o paciente está deitado.

•Cansaço.

•Tosse.

•Tonturas.

•Desmaios.

•Dormências nos membros.

Pode haver também sintomas concomitantes do sistema nervoso autônomo e síndrome do pânico.

Em alguns poucos casos, o prolapso pode causar refluxo do sangue e gerar as consequências inerentes, sobretudo dilatação cardíaca.

Se as válvulas mitrais tiverem alguma anormalidade, isso pode aumentar o risco de infecção bacteriana, sobrevindo uma endocardite e seus sintomas.

Se houver regurgitação, isso pode levar a uma hipertrofia do músculo cardíaco e uma dilatação do coração porque o músculo cardíaco precisa desenvolver uma maior força contrátil para bombear o sangue à frente.

O diagnóstico do prolapso da válvula mitral pode ser feito por meio da ausculta do coração e dos pulmões.

Na projeção do coração o médico pode ouvir uma vibração e um sopro cardíaco, mais alto quando a pessoa se levanta.

Os seguintes exames também podem ajudar a diagnosticar o prolapso da válvula mitral: ecocardiograma; doppler de fluxo a cores; cateterização cardíaca; radiografia do tórax; eletrocardiograma; ressonância magnética e tomografia computadorizada torácica.

O ecocardiograma bidimensional com doppler pode medir o grau de intensidade do prolapso e da regurgitação mitral e, além disso, detectar áreas de infecção na válvula, se houver, espessamento anormal dela e avaliar a função ventricular.

Se não houver sintomas ou se eles forem poucos, nenhum tratamento é necessário; se forem graves, talvez seja necessário permanecer hospitalizado e realizar uma cirurgia para reparar ou substituir a válvula mitral.

Alguns médicos aconselham aos portadores de prolapso da válvula mitral tomarem antibióticos profiláticos antes de procedimentos dentários ou cirúrgicos, para prevenir uma possível endocardite, mas a medida é controversa.

Outros medicamentos usualmente prescritos são: drogas antiarrítmicas, diuréticos, remédios para palpitações ou dores no peito e anticoagulantes.

Nenhum comentário: