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sábado, 9 de novembro de 2013

Crises hipertensivas


As crises hipertensivas são elevações bruscas e severas da pressão arterial, em pessoa habitualmente normotensa ou em hipertensos.

Há uma forma maligna de crise hipertensiva que exige controle imediato da pressão arterial e outra em que o controle da pressão arterial pode ser feito em até 24 horas, com uso de medicação por via oral.

As crises hipertensivas podem ser classificadas em:

1.Emergências hipertensivas: risco iminente de morte, lesão aguda em algum órgão-alvo.

2.Urgências hipertensivas: sem sinais de riscos iminentes de morte ou de lesão aguda de órgão-alvo.

Quase sempre a hipertensão arterial ocorre por alterações da resistência periférica. O aumento repentino dela se dá pela falta de regulação dinâmica dos mecanismos que controlam a pressão arterial e podem ter origens neurológicas, vasculares, medicamentosas, uso de drogas e elevação descontrolada de alguns hormônios.

As crises hipertensivas apresentam sinais e sintomas graves que podem levar à morte. Geralmente, durante um episódio sem complicações a pessoa sente mal-estar, agitação, cefaleia, tonteira, visão turva, dor no peito, tosse e falta de ar. Também podem ocorrer hematúria (sangue) e proteinúria medidas na urina.

Os órgãos que mais sofrem com as crises hipertensivas são os olhos, os rins, o coração e o cérebro.

Diante dos sintomas sugestivos o médico deve verificar os níveis tensionais do paciente e os encontrará muito elevados, com pressão diastólica acima de 110 mmHg e deverá verificar se há deterioração dos órgãos-alvo.

O exame físico deve verificar o estado do fundo de olho e a procura de sinais de insuficiência cardíaca, dissecção de aorta ou disfunção neurológica.

Os exames complementares que ajudam a confirmar o diagnóstico de crise hipertensiva e de suas complicações incluem eletrocardiograma, radiografia de tórax, bem como análise de urina, hemograma, dosagem de ureia, creatinina, açúcar sanguíneo e eletrólitos.

Alguns pacientes hipertensos podem ter sua pressão arterial elevada por eventos como crises dolorosas ou emocionais, por exemplo, sem que isso caracterize uma crise hipertensiva autêntica e sem sinais de deterioração rápida dos órgãos-alvo e nem risco imediato de vida.

As crises hipertensivas requerem atendimento imediato e intensivo em hospital. O médico deve atuar no sentido de reduzir imediatamente os níveis elevados da pressão arterial com medicações orais e intravenosas que diminuam bastante a resistência periférica. Deve também atuar no sentido de proteger os órgãos-alvo.

As crises hipertensivas podem ocasionar complicações graves como acidente vascular cerebral, edema de fundo de olho, convulsões, dificuldades de falar, aneurisma dissecante da aorta, encefalopatia hipertensiva, nefrites agudas, infarto do miocárdio, edema agudo de pulmão.

As crises hipertensivas podem ser resolvidas sem deixar sequelas, mas também pode haver danos orgânicos e risco imediato de vida.

A internação e o pronto tratamento da crise hipertensiva evita danos severos e lesões irreversíveis que podem levar o paciente ao óbito.

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