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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Urticárias


A urticária (veja imagem acima) é uma condição caracterizada pela formação de pápulas (vergões vermelhos) na pele, semelhantes às que são causadas pelo contato com a urtiga.

Essa reação cutânea em geral é passageira, mas em algumas pessoas ela pode perdurar por longo tempo ou por toda a vida.

Ela pode ser aguda (episódio único, transitório e autolimitado ou de duração inferior a seis semanas) ou crônica (duração maior de seis semanas).

O aparecimento da urticária se deve à ação da histamina liberada pelos mastócitos, um tipo de células responsáveis pela dilatação e permeabilidade dos pequenos vasos sanguíneos.

A forma aguda normalmente é desencadeada por algum estímulo imunológico ou não imunológico.

Os estímulos não imunológicos mais comuns são certos medicamentos; alguns tipos de alimentos; alguns inseticidas, corantes e conservantes; picadas de insetos; tecidos das roupas; exposição direta da pele ao frio ou ao calor intenso; água quente ou fria e exercícios físicos.

Além disso, a hepatite, a mononucleose infecciosa e a rubéola, entre outras infecções virais, podem estar associadas ao aparecimento da urticária e ela pode até ser a primeira manifestação dessas moléstias. No entanto, às vezes é muito difícil detectar o fator desencadeante de um determinado episódio.

A urticária é um distúrbio bastante comum.

Cerca de 20 a 25% das pessoas já manifestaram pelo menos um episódio ao longo da vida.

Os principais sinais e sintomas da urticária são elevações circulares, salientes, bem demarcadas e pruriginosas na pele, circundadas por vergões vermelhos e inchaço.

Essas lesões são migratórias e podem desaparecer e ressurgir depois em outro local do corpo. A coceira e o ardor locais podem preceder as pápulas.

O tamanho dessas lesões varia muito e elas podem ser isoladas ou confluírem para formar placas.

O diagnóstico da urticária deve começar pela história clínica do paciente, por seus hábitos alimentares, pelo uso de medicamentos e pelo exame físico das lesões, sendo complementado por exames de sangue e testes cutâneos que ajudem a identificar a causa e os fatores desencadeantes da enfermidade.

Nos casos em que é impossível determinar esses fatores, a urticária é dita idiopática.

O tratamento principal da urticária consiste em suspender completamente o contato com o agente desencadeante das crises, se for possível identificá-lo.

Os medicamentos anti-histamínicos contribuem para aliviar os sintomas ao inibir a ação dos receptores de histamina, mas uma boa parte deles causa sonolência e letargia.

Em casos mais graves, associados ao angioedema (veja imagem abaixo), pode ser necessário administrar corticoides ou mesmo adrenalina, nos casos mais graves.

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