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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Hiperidrose?


A hiperidrose é uma situação caracterizada por uma sudorese excessiva, superior às necessidades de controle da temperatura.

A produção de suor é regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático em relação direta com o controle da temperatura do organismo.

Ele exerce a função de controlar a temperatura do corpo e manter a pele hidratada e, além disso, eliminar água, gordura, sais minerais, ácido úrico e outras substâncias tóxicas.

A hiperidrose é dita primária (ou essencial) quando surge por si mesma ou secundária, quando decorre de outras situações patológicas.

Pode também ser generalizada em todo o corpo ou específica de determinadas regiões, como palmas das mãos, planta dos pés, axilas e virilhas, locais onde há maior número de glândulas sudoríparas.

Algumas hiperidroses parecem ter uma causa genética dominante, outras parecem ser adquiridas devido a um distúrbio da tireoide, da hipófise, do diabetes mellitus, da gota, da menopausa ou de tumores e certos medicamentos, ou de envenenamento por mercúrio.

Fisiologicamente, a hiperidrose deixa mãos e pés frios e constantemente molhados, podendo levar a infecções da pele e à desidratação.

A hiperidrose pode dificultar ou mesmo impedir certas atividades: a mão que tem de manejar ferramentas fica mais escorregadia; os papeis em que se escreve podem ficar molhados; as camisas podem ficar manchadas nas axilas; os sapatos abertos escorregam dos pés, há maior dificuldade para andar descalço; pode ser difícil trabalhar em ambientes quentes e úmidos; torna-se difícil manejar instrumentos musicais, etc.

Além disso, emocionalmente, a hiperidrose gera intensas repercussões sociais, motivando sentimentos como vergonha e constrangimento de todos os tipos.

A pessoa geralmente sofre inibições para cumprimentar as outras com um aperto de mãos ou evita certos movimentos que exponham sua condição, como levantar os braços ou mostrar as mãos, por exemplo.

Ademais, o suor geralmente é visto como sujeira ou mau cheiro, o que não é verdade. O mau cheiro que emana das pessoas que suam muito é causado pela proliferação de bactérias que convivem com o suor.

O tratamento paliativo é feito com antitranspirante (cloreto de alumínio) ou aplicação da toxina botulínica (Botox), que inibe a acetilcolina e inativa as glândulas sudoríparas. Ambos os tratamentos não persistem e precisam ser repetidos periodicamente: o cloreto de alumínio praticamente todos os dias e a toxina botulínica a cada seis a nove meses. Várias outras drogas anticolinérgicas de efeitos inespecíficos também diminuem a hiperidrose.

Ansiolíticos e antidepressivos são utilizados naqueles casos em que se acredita que a ansiedade possa ter um papel importante. Além disso, o cloreto de alumínio pode provocar reações na pele.

O tratamento definitivo é o cirúrgico. Existem vários métodos cirúrgicos para remoção ou destruição das glândulas sudoríparas. Essas cirurgias (simpatectomias) são feitas por meio de pequenas incisões na pele, que quase não deixam cicatrizes. Uma das possíveis complicações delas é uma hiperidrose compensatória nas regiões não operadas. Pode acontecer, também, que as mãos fiquem excessivamente secas (mãos de lixa).

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