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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hipotiroidismo: é sempre bom recordar!



Diz-se que há hipotiroidismo (ou hipotireoidismo) quando a glândula tiroide deixa de produzir seus hormônios (tiroxina – T4 e tri-iodotironina – T3) em quantidades suficientes para as necessidades orgânicas.

Esses hormônios são importantes, sobretudo na regulação do metabolismo.

A tiroide produz também a calcitonina, que regula o nível de cálcio no organismo.

A enfermidade acomete 1 a 3% da população geral e é mais comum nas mulheres, numa proporção de 4:1, sendo uma das ocorrências mais frequentes nos consultórios de endocrinologia.

O hipotiroidismo pode dever-se a várias causas distintas: inflamação da glândula tiroide (tireoidite de Hashimoto); radiação na região do pescoço para tratar certos tipos de câncer; retirada cirúrgica ou acidental da glândula ou de parte dela; tratamento medicamentoso para o hipertiroidismo; deficiência de iodo na dieta.

Também pode ser devido a defeitos congênitos da glândula que, conforme a natureza deles, pode gerar hipo ou hipertiroidismo.

Os sinais e sintomas do hipotiroidismo são múltiplos, às vezes vagos e discretos e podem aparecer muito lentamente, por vezes dificultando o diagnóstico. Os principais e mais ostensivos, no entanto, são: sonolência excessiva; fadiga; lentificação muscular; aumento do peso corporal, diminuição da frequência cardíaca; mixedema (infiltração edematosa em todo o corpo); fala lenta e rouca, disminésias (alterações da memória); lentidão dos reflexos; pele seca; maior sensibilidade ao frio; obesidade e ganho de peso; depressão; anemia; metabolismo lentificado; prisão de ventre; falta de fôlego; perda de desejo sexual, dores nas articulações e músculos; palidez; irritabilidade; ciclos menstruais alterados; infertilidade ou dificuldade de engravidar; colesterol elevado.

Em crianças muito novas pode haver retardo do nascimento dos dentes; falta de crescimento normal (estatura pequena para a idade); atraso da maturação óssea; macroglossia (língua anormalmente grande e volumosa) e baixa inteligência.

Como sempre em medicina, é muito importante uma história clínica detalhada. Nos casos em que exista bócio ou papo (aumento de volume da tiroide) ele pode ser observado durante o exame clínico ou inferido do relato do paciente de ter um "colarinho apertado".

O exame de sangue identificará níveis baixos do hormônio tiroidiano e níveis elevados do hormônio estimulante da tiroide (TSH), bem como a presença de anticorpos antitiroidianos próprios da doença de Hashimoto.

Em neonatos a disfunção pode ser detectada através do "Teste do Pezinho", que deve ser realizado de rotina pelas maternidades.

O tratamento consiste na reposição oral do hormônio que está em falta, geralmente em comprimidos. Quase sempre a medicação tem de ser tomada pelo resto da vida.

Se não for identificado até o terceiro mês de vida do bebê, o hipotiroidismo pode levar a um retardo do desenvolvimento físico e mental.

O hipotiroidismo não tratado pode levar a dificuldades para engravidar e a abortos espontâneos.

Mulheres hipotiroideas que engravidam durante o tratamento normalmente não terão problemas se forem adequadamente tratadas, já que o medicamento repõe com precisão os hormônios que deveriam estar sendo produzidos naturalmente pela glândula tiroide.

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