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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Anestesia local


Chama-se anestesia local ao bloqueio regionalizado da condução nervosa, conseguido quando são aplicadas localmente no tecido nervoso substâncias anestésicas em concentração apropriada.

Quando aplicados a um tronco nervoso, os anestésicos locais impedem a transmissão de impulsos nervosos em todo território servido por esse nervo, o que costuma chamar-se anestesia loco-regional.

Os anestésicos locais são substâncias capazes de bloquear regionalmente, de forma totalmente reversível, a estimulação nervosa.

Apesar da denominação de “locais”, os anestésicos utilizados nestas anestesias têm repercussões sistêmicas e afetam sobretudo o sistema cardíaco, o sistema respiratório e o sistema nervoso central. Existem vários tipos de anestésicos locais que diferem na absorção, toxicidade e duração da ação.

O primeiro anestésico local conhecido foi a cocaína.

Em 1884 ela foi utilizada pela primeira vez, em cirurgias oftalmológicas e, posteriormente, em odontologia, espalhando-se desde então.

Contudo, a cocaína cedo revelaria seu potencial de produzir vasoconstrição e criar dependência e em 1892 foi substituída pela procaína, a qual tem um poder anestésico similar e não apresenta esses inconvenientes.

Aliás, de todos os anestésicos locais, a cocaína continua a ser o único capaz de gerar dependência.

Posteriormente, foram introduzidos outros derivados, como a tetracaína (1932), a lidocaína (1943) e a cloroprocaína (1955).

Mais adiante, ainda, foram sintetizadas a mepivacaína (1956), bupivacaína (1957), prilocaína (1959), etidocaína (1971) e ropivacaína (1989).

Hoje em dia, além da Medicina, a anestesia local tem uma grande aplicação em Odontologia, para tratamentos dentários.

Geralmente os anestésicos locais são injetados na região do corpo que se deseja anestesiar e assim bloqueiam localmente as terminações nervosas, que passam a não mais captarem impulsos nervosos de dor ou das demais sensibilidades, sem afetar a consciência.

O anestésico local também pode vir sob a forma de pomadas, cremes ou gel, para aplicações superficiais na pele ou mucosas.

É importante que o anestésico local atinja seu local de ação em concentração suficiente para produzir a perda da sensibilidade dolorosa, mas isso nem sempre ocorre, como em regiões inflamadas e infeccionadas, por exemplo, em virtude, sobretudo, de alterações do pH dos tecidos.

A anestesia local deve ser usada para cirurgias simples, que abrangem pequenas áreas, como retirar uma verruga, ou para realizar certas pequenas cirurgias plásticas ou suturar cortes na pele.

Geralmente é indicada, entre outras aplicações, na revisão de cicatrizes, rinoplastias de pequeno porte, correção de orelhas de abano, blefaroplastias, lipoaspiração de pequenas áreas, pequena cirurgias superficiais, etc.

Os efeitos colaterais dos anestésicos locais habitualmente são de pequena intensidade.

Embora esses fármacos sejam administrados em pequenas doses, eles acabam alcançando outros órgãos e é neles que podem produzir reações secundárias.

As mais frequentes são: ansiedade; confusão mental; convulsões (raramente); depressão nervosa; depressão respiratória (quando usados em altas doses); vasodilatação; diminuição da frequência cardíaca e reações alérgicas.

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