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terça-feira, 14 de maio de 2013

Colostomia



Colostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura na parede abdominal (estoma), temporária ou permanente, e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a ser eliminados.

A este estoma acopla-se uma bolsa adesiva, coletora dos produtos intestinais.

A colostomia geralmente tem de ser feita quando há obstruções transitórias ou permanentes do cólon terminal ocasionadas por imperfuração anal, neoplasias, processos inflamatórios, corpos estranhos introduzidos no reto, amputação do reto, fístulas retovaginais, perfurações cólicas, lesões extensas ao redor do ânus ou como paliativo nos casos de neoplasia obstrutiva inoperável.

O paciente deve estar ou ser hospitalizado.

Sob anestesia geral é feita uma incisão no abdome, à qual o tecido sadio do intestino é preso, constituindo assim um orifício por onde as fezes e os gases passam a serem eliminados, sendo colhidos por uma bolsa adesiva, posicionada em torno dessa abertura e que deve ser esvaziada periodicamente.

Atualmente, já existem dispositivos que filtram o volume e odor de gases.

Geralmente esse ânus artificial é feito no nível do cólon transverso ou do sigmoide, mas, conforme o caso, pode ser feito em outro ponto do intestino. Quanto mais alto for, pior será a digestão e a absorção dos alimentos e da água.

Mais frequentemente são utilizadas a porção proximal do cólon transverso e a porção livre do sigmoide, mas o segmento intestinal a ser exteriorizado depende do local comprometido do intestino, do tipo de afecção, das condições clínicas do doente e da preferência do cirurgião.

Nos primeiros dias após a cirurgia, o estoma pode ficar inchado, mas isso logo regride. Então ele assume uma coloração rósea viva, semelhante à mucosa da boca e, como não tem terminação nervosa, é indolor.

Quais são os cuidados que o paciente colostomizado deve observar?

•Evitar carregar peso em excesso, que crie maior pressão intra-abdominal.

•Evitar exercícios ou atividades que exijam grande esforço.

•Evitar o uso de cintas que possam comprimir o estoma.

•Evitar alimentos ou bebidas que produzam muitos gases.

•Mastigar bem os alimentos.

•Manter a pele em volta do estoma sempre limpa e depilada.

•Não usar, sobre a pele que circunda o estoma, substâncias agressivas, como álcool, mercúrio, mertiolate, etc. A limpeza da pele ao redor da colostomia deve ser feita com água e sabão neutro.

•Não esfregar com força e não usar esponjas ásperas.

•Cuidar para que insetos, em especial as moscas, não pousem na colostomia ou na pele ao redor.

A colostomia requer cuidados especiais, de preferência prestados por uma enfermeira experiente, sob orientação médica, com vigilância diária para troca dos curativos e da bolsa coletora, controle das eliminações, monitoramento do orifício e das possíveis reações ou complicações dele.

Entre as complicações mais comuns estão: irritação da pele ao redor do orifício da colostomia; infecções da pele e/ou do tecido subcutâneo; sangramento; prolapso do coto intestinal; necrose do coto intestinal; estenose (fechamento) do estoma, etc.

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