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sexta-feira, 22 de março de 2013

Galactorreia



Galactorreia é a produção de leite pelas mamas fora do período de lactação normal (pós-parto). Tanto pode ocorrer no sexo feminino quanto no masculino. A secreção pode provir de apenas uma das mamas ou de ambas e pode variar na cor, composição e consistência, conforme a causa.


A galactorreia ocorre devido à produção excessiva de certos hormônios (a prolactina, principalmente), devido a um tumor hipofisário (causa mais frequente) ou a certos medicamentos (fenotiazinas, narcóticos e alguns medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial) que afetam o equilíbrio hormonal. Outras causas possíveis são o hipotireoidismo, os exercícios físicos intensos (liberação de endorfinas), certas lesões torácicas, estimulação dos mamilos, uso de antieméticos ou contraceptivos orais, dieta composta por alimentos gordurosos, patologias hipotalâmicas, insuficiência renal e síndrome dos ovários policísticos.

Além da síntese e excreção de leite, que pode ser o único sintoma, os homens podem apresentar cefaleia, perda da visão periférica, perda do interesse sexual e impotência. Nas mulheres pode ocorrer irregularidades do ciclo menstrual, ondas de calor e ressecamento vaginal.

Tudo deve começar com uma boa história clínica e exame físico. No exame físico ficam evidentes os sinais da deficiência de estrógeno. O diagnóstico deve prosseguir com a análise sanguínea de hormônios (prolactina, hormônio luteinizante e folículo estimulante) e com imagens de tomografia axial computadorizada ou ressonância magnética, que podem evidenciar a presença de tumores na hipófise.

O tratamento da galactorreia depende da sua causa. Se a concentração de prolactina sanguínea está aumentada, mas não houver tumor, o médico pode não prescrever nenhum tratamento ou apenas recomendar o uso de bromocriptina, que quase sempre interrompe o fluxo de leite. Contraceptivos orais que contenham estrógenos podem ser prescritos às mulheres que apresentem pequenos prolactinomas (tumores hipofisários produtores de prolactina).

Pacientes que apresentam tumores grandes podem necessitar de cirurgia e devem ser acompanhados por um oftalmologista, além do neurocirurgião e do radioterapeuta. Quando as causas forem outras, o tratamento deve ser adaptado a elas. Se a galactorreia resultar do uso de fármacos, eles devem ser suspensos ou substituídos.

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