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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Gripe



A gripe é o resultado de uma infecção viral aguda por vírus da família influenza, que normalmente podem contaminar aves e mamíferos. Trata-se de uma infecção mais grave que a do resfriado comum, embora muitas vezes seja confundida com ele. Seja por sua ação direta, seja pelas complicações que pode acarretar (principalmente pneumonias), a gripe mata milhares de pessoas todos os anos em todo o mundo. Embora casos esporádicos possam acontecer em qualquer época do ano, ela é mais comum nos períodos de clima frio (no hemisfério sul, entre abril e outubro, com picos entre junho e setembro), em que o vírus é mais resistente. Os vírus são organismos que necessitam penetrar nas células para sobreviver e os vírus da gripe têm predileção pelas células do sistema respiratório.

A gripe é transmitida de pessoa a pessoa por gotículas de saliva expelidas quando a pessoa contaminada tosse, espirra ou assoa o nariz, podendo ser transmitida também de forma direta pela saliva, secreções nasais, sangue, fezes ou superfícies contaminadas. Os ambientes fechados (escolas, casas de shows, transportes coletivos, etc.), favorecem a transmissão. O período de incubação da gripe é muito pequeno (de um a dois dias) e o período de contágio de cerca de cinco dias. A cada novo surto da doença o vírus apresenta mutações e requer novas formas de vacinação. Recentemente os surtos mais graves partiram de animais que transmitiram o vírus ao homem (gripe aviária, chamada “gripe do frango” e gripe suína).

Os sintomas da gripe aparecem rapidamente e habitualmente são muito mais intensos que os do resfriado comum. A recuperação é rápida e se dá em torno de cinco dias. Os mais comuns são: febre alta (superior a 38ºC), calafrios, dores pelo corpo, especialmente nas articulações, dores de garganta, dores de cabeça, tosse, espirros, irritação nos olhos, fadiga e mal-estar geral. Pode causar também dor abdominal, náuseas e vômitos, sobretudo nas crianças.

Na maioria das vezes a gripe caminha para a autorresolução, mas pode complicar-se com uma pneumonia, muitas vezes fatal, sobretudo em pessoas idosas ou debilitadas. As complicações mais comuns são a pneumonia (viral, primária, ou bacteriana, secundária) e a traqueobronquite, podendo ocorrer também agravamento das condições cardiovasculares anteriormente existentes e complicações neurológicas, mais raras.

Uma vez estabelecida, a gripe não tem um tratamento específico. Deve-se tratar sintomaticamente a febre e as dores porventura existentes e cuidar da hidratação e demais condições de sustentação. Recomenda-se o máximo de repouso possível, atenção e tratamento das possíveis complicações.

Hoje existem vacinas de vírus morto, mas essas vacinas devem ser repetidas periodicamente (em geral, anualmente), uma vez que os vírus sofrem frequentes mutações.

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