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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Melanoma (mais uma vez, para recordar!)





É uma alteração maligna dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina e, portanto, pela coloração da pele. É o mais grave dos tumores de pele, pela facilidade que tem de gerar metástases, mas felizmente representa apenas 5% deles. Além da pele, o melanoma pode surgir nas membranas mucosas, nos olhos e no sistema nervoso central.

O melanoma obedece a uma suscetibilidade genética ou a estímulos ambientais cancerígenos. Pode começar a partir da pele normal ou de lesões pigmentadas, mais frequentemente em pessoas de pele clara e em regiões expostas ao sol, embora possa aparecer em regiões protegidas. A pele clara, a exposição exagerada ao sol, história anterior de câncer de pele na pessoa ou em algum membro da família e “pintas” congênitas estão entre os principais fatores de risco para a doença. Outros fatores de risco são: parentes próximos com histórico da doença; exposição a produtos químicos cancerígenos, presença de pintas atípicas; sistema imunológico enfraquecido.

Em geral (mas nem sempre), o melanoma surge a partir de uma pinta antiga que passa a assumir características malignas. No início, pode não apresentar outros sinais ou sintomas, mas com a evolução podem ocorrer aparecimento de dor, coceiras, ulcerações, sangramentos e inflamações e, além de manchas, eles podem apresentar-se sob a forma de nódulos.

O sinal ABCD é uma importante ajuda no diagnóstico:

A – assimetria das lesões.

B – bordas irregulares.

C – coloração variada.

D – diâmetro superior a seis milímetros.

Quando a lesão deixa de ser plana e começa a fazer elevação sobre a pele, significa que ela também está se aprofundando, o que é um sinal de gravidade.

O diagnóstico começa por uma detalhada história clínica e pela observação direta das lesões. As lesões inicialmente são restritas à camada superficial da pele e à medida que progridem vão se aprofundando, aumentando de tamanho, apresentando mudança de cores, formação de feridas e crostas, sangramento e coceira. Quanto mais profundo, mais aumentam os riscos de metástases.

As lesões dos melanomas vão aumentando gradativamente, costumam ter formatos irregulares, bordas borradas e colorações que variam do preto ao vermelho. A biópsia direta da lesão ou de um gânglio sentinela é um exame importante para confirmar o diagnóstico.

Qualquer “pinta” na pele, principalmente em pessoas de pele clara, deve ser examinada por um dermatologista.

Dependendo de fatores como o estágio em que se encontra a doença, a idade do paciente e seu estado geral de saúde, o tratamento do melanoma pode ser feito por meio de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, isoladamente ou em combinação.

Como prevenir o melanoma?

• Examine periodicamente a sua pele, à busca de qualquer alteração. O paciente é a pessoa mais indicada para perceber o que modificou em sua pele. O dermatologista é o médico que deve ser procurado para avaliar tais alterações.

• Evite expor-se ao sol entre as 10 horas e às 16 horas. Quando for necessário expor-se, em qualquer horário, use sempre filtro solar.

• Em situações cotidianas, use blusa de manga comprida, chapéu, guarda-sol e óculos de sol para se proteger.

• Evite utilizar câmaras de ultravioleta para se bronzear.

Se o melanoma não puder ser prevenido, algumas medidas podem evitar o seu agravamento: ficar atento para o aparecimento de sinais novos na pele ou para modificações de sinais antigos, como mudanças de cor ou de tamanho, sangramento, coceira e inflamação.

Quando diagnosticado no início, o melanoma pode ser curado. Lesões de até quatro milímetros apresentam boas chances de cura. Se for descoberto quando já estiver profundo, a doença geralmente já está disseminada.

Quem já apresentou o melanoma uma vez, têm mais riscos de apresentá-lo de novo.

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