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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Aleitamento materno







A amamentação é um ato natural, presente no mamíferos, inclusive no homem, e tanto constitui a melhor forma de alimentar suas crias nos seus primeiros tempos de vida, quanto de protegê-las em relação a muitas enfermidades infecciosas. O colostro, como são chamadas as primeiras secreções mamárias, é rico em proteínas e contém importantes anticorpos que não conseguiram atravessar a barreira placentária. Nesse sentido, o leite materno funciona como “a primeira vacina”. Além disso, na espécie humana o ato de amamentar contribui para gerar afetos psico-afetivos positivos entre mãe e bebê.

Embora seja um processo natural, vários aspectos da amamentação podem ser aprendidos e aperfeiçoados, para que a mamãe possa amamentar com maior sucesso. A amamentação pode ser a única forma de alimentar a criança nos primeiros seis meses de vida e pode continuar sendo associada a outros alimentos até os dois anos de idade.

Somente em raríssimas condições a amamentação está contraindicada como, por exemplo, em mães portadoras do HIV ou que estejam tomando remédios nocivos ao bebê, que se eliminem pelo leite e que não possam ser suspensos. Nesses casos, o médico deve sempre ser consultado a respeito.

Há outros meios de alimentar o bebê, além do aleitamento materno, mas a amamentação é, de longe, o melhor deles. Além disso, geralmente se constitui para a mulher numa experiência tão formidável e gratificante que todo o esforço deve ser feito para viabilizá-la. Justamente por ser uma atividade tão importante, pode ser vivida com grandes ansiedades e apreensões pelas mulheres, principalmente por aquelas que são “marinheiras de primeira viagem”. Esses fatores psicológicos podem acabar contribuindo para que a amamentação seja mais difícil do que poderia ser.

Mitos sobre a amamentação

1. “A mulher que faz plástica nos seios não consegue amamentar”. Não é verdadeiro. As implantações de silicone em geral são feitas atrás do tecido mamário ou mesmo abaixo dos músculos peitorais e preservam as ligações das glândulas mamárias com os mamilos, permitindo a amamentação. No entanto, as próteses muito volumosas ou as cirurgias de redução das mamas, que implicam numa retirada parcial da glândula, podem dificultar um pouco, mas não impedir a amamentação.

2. “A amamentação engorda a mamãe”. Não é verdadeiro. Há mulheres que inclusive emagrecem nessa fase. A mulher que amamenta gasta mais calorias do que normalmente gastaria, contribuindo para “entrar em forma” mais rapidamente depois do parto.

3. “Há mulheres que têm o leite fraco”. Não é verdadeiro. Não há leite fraco. Mesmo mulheres com algum grau de desnutrição produzem leite adequado. O que realmente acontece é a diminuição da produção de leite, por conta de vários fatores, inclusive psicológicos.

4. “Mulheres que têm seios grandes produzem mais leite do que as que têm seios pequenos”. Não é verdadeiro. O tamanho dos seios depende do tecido gorduroso, não das glândulas mamárias, que se apresentam aproximadamente na mesma quantidade em todas as mulheres.

5. “Não se deve dar o peito se o bebê estiver amarelinho” (com icterícia). Pode ser verdadeiro. A icterícia neonatal é um fenômeno fisiológico que, na maioria das vezes, nada tem a ver com a amamentação. Mas há um caso específico no qual é necessário afastar a criança do aleitamento. Porém somente o neonatologista tem condições de identificar essa situação.

6. “Deve-se parar de oferecer o peito quando começam a aparecer os dentinhos”. Pode ser verdadeiro. A necessidade do leite materno nada tem a ver com a dentição da criança, mas em alguns casos a criança efetivamente machuca a mamãe e fica muito difícil manter o aleitamento materno.

7. “Se a mãe estiver estressada ou nervosa, dar de mamar prejudica o bebê”. Não é verdadeiro. Pode prejudicar a quantidade de formação do leite ou a relação mãe-bebê, mas não altera a qualidade do leite produzido.

8. “O bebê com sobrepeso deve mamar menos”. Não é verdadeiro. A evolução ponderal do bebê se deve a outros fatores (genéticos, endócrinos, biológicos, etc.) que não a amamentação.

9. “Cerveja preta e canjica aumentam a produção de leite”. Não é verdadeiro. A quantidade de leite produzido é regulada pela hipófise e a mãe que se alimenta adequadamente e ingere líquidos em quantidades suficientes terá uma produção adequada de leite, sem necessidade de qualquer tipo de dieta especial. Parece que há um medicamento que pode aumentar a produção de leite: a metoclopramida.

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