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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Tétano: vamos aprender um pouquinho.





O tétano é uma doença infecciosa grave, não contagiosa, que pode levar à morte. A infecção da bactéria causadora se dá pela penetração, na pele humana, de esporos da bactéria Clostridium tetani, existentes normalmente nas fezes de animas e de humanos e depositados na terra ou na areia.

Esses esporos podem penetrar no corpo por ferimentos acidentais, pela cicatriz umbilical de recém-nascidos ou por ulcerações, arranhaduras ou queimaduras pré-existentes na pele ou mesmo pela picada de um inseto. Em um ambiente anaeróbico (sem oxigênio), a bactéria se desenvolve e passa a produzir duas poderosas toxinas, uma das quais causa o tétano.

As pessoas vacinadas contra a doença estão protegidas, mas as que não tiverem sido vacinadas têm um alto risco de desenvolvê-la.

Quais são as causas do tétano?

O tétano é causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Os esporos dessa bactéria são encontrados em abundância na natureza. Por isso, em geral, os médicos indicam a aplicação rotineira do soro antitetânico nos pacientes que sofrem algum ferimento.
Essa toxina tem afinidade pelo sistema nervoso e, depois de entrar na corrente sanguínea, vai agir nos centros nervosos, produzindo violentos espasmos tônico-clônicos, que podem levar à morte.

Quais são os sinais e sintomas do tétano?

O período de incubação (tempo entre a inoculação e início da doença) dos esporos no organismo pode variar de 3 a 21 dias, sendo mais comum uma média de 8 dias. Quanto mais afastada do sistema nervoso estiver a ferida de entrada, maior será o período de incubação.

O primeiro sinal de tétano é o “trismus”, uma contração involuntária dos músculos das mandíbulas que não permite a abertura da boca. A ele se seguem o “risus sardônico”, consequência de contraturas involuntárias de músculos da face, uma rigidez do pescoço, dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdome e, por fim, opistótono, uma contração muscular generalizada em que o corpo se recurva para trás, arqueando-se como um arco de flecha. O paciente permanece lúcido, sem febre, sua excessivamente, sofre aumento da pressão arterial e taquicardia. Os espasmos maiores duram de três a quatro semanas, mas a recuperação total pode levar meses.

Como o médico diagnostica o tétano?

O diagnóstico do tétano é feito clinicamente pela história médica do paciente e pela captação dos sinais e sintomas característicos da doença.

Como é o tratamento do tétano?

O tratamento do tétano é feito com o doente internado em hospital, de preferência em Unidade de Terapia Intensiva, para administração de imunoglobulina ou soro antitetânico, além de antibiótico venoso e limpeza cirúrgica do ferimento. Pode ser necessário o emprego de respiradores artificiais.

O tempo de internação do paciente com tétano sempre é longo, durando de três a quinze semanas.

Devem ser administrados relaxantes musculares como “curare”, por via intravenosa. Os antibióticos podem ser usados para eliminar as bactérias, mas não têm efeito sobre a toxina que elas já tenham produzido. Os depressores do sistema nervoso central e os ansiolíticos, como o diazepam, também são usados para reduzir a ansiedade e a resposta espástica aos estímulos.

Como a doença não produz imunidade, o doente deve receber o esquema vacinal completo contra o tétano. Devem ser adotados os cuidados gerais determinados pela gravidade de cada paciente.

Como proteger-se contra o tétano?

A única forma eficaz de evitar a doença é a vacinação. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a vacina contra tétano seja administrada em três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade e com mais dois reforços da vacinação aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos.

A toxina produzida pelo Clostridium tetani atua em doses tão pequenas que causa a doença, mas não produz imunidade. A mãe não transmite seus anticorpos aos filhos.

Ao ter qualquer ferimento ou ferida procure mantê-los inteiramente limpos, tomar logo o soro antitetânico e verificar como está a sua vacinação antitetânica.

Como evolui o tétano?

Quem teve tétano uma vez não está isento de tê-lo novamente. Cerca de 30% dos casos são fatais, por asfixia devido às contraturas musculares. Esse índice pode chegar a 80% em recém-nascidos e idosos.

As complicações possíveis da doença incluem espasmos da laringe e das cordas vocais, de músculos do peito e do diafragma, fraturas de ossos longos, por causa dos espasmos violentos e hiperatividade do sistema nervoso autônomo.

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