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domingo, 11 de março de 2012

Depressão e Relacionamento Pessoal




A Depressão geralmente é uma doença devastadora, apesar de muita gente ainda não acreditar que ela exista. Não vamos falar aqui do quadro clínico e dos sintomas da Depressão, mas sim de um aspecto da Depressão que muitas pessoas não sabem e não se dão conta; trata-se do grau em que os transtornos depressivos afetam os relacionamentos. Segundo Xavier Amador, um casamento em que um dos parceiros está com depressão, tem nove vezes mais propensão de acabar, do que um onde não exista a depressão. Adriana Tucci mostra também dados internacionais onde os Transtornos Afetivos, além de terem uma prevalência de, aproximadamente, 11,3% da população, são uma das doenças que mais geram perdas sociais e nos relacionamentos familiares (veja mais em Depressões - Sintomas, na seção Depressão).

Assim sendo, antes de se tomar decisões precipitadas nas desarmonias de relacionamento recomenda-se que, primeiro, seja verificada a possibilidade de uma das pessoas do relacionamento (quando não as duas) ser portadora de Depressão, em qualquer de suas formas (Distimia, Transtorno Afetivo Bipolar, Depressão Recorrente).

A Depressão, seja leve, moderada ou grave, será sempre incapacitante em algum grau, principalmente se considerarmos a duração dos sintomas. Ao longo do tempo os sintomas depressivos podem provocar desdobramentos complicados e desgastantes para a família e para a pessoa.

Segundo trabalhos recentes as relações íntimas entre pessoas com depressão são mais tensas, estressantes e cheias de conflitos do que entre pessoas não depressivas. Xavier diz que a depressão e os problemas de relacionamento e sexuais causados por ela seja a razão mais comum dos casais que procuram uma terapia. Metade das mulheres depressivas reclama de sérios problemas dentro do casamento e, provavelmente, um número parecido dos homens pode também reclamar da qualidade do relacionamento com mulheres depressivas.

Quando aparece um quadro depressivo na família, geralmente esta se desestrutura bastante. A tendência inicial é querer ajudar o indivíduo a reagir; ora acreditando que essa reação depende da vontade da pessoa deprimida, ora propondo medidas bem intencionadas e completamente ineficazes. Com freqüência dentro das famílias ou mesmo entre um casal existe uma série de crenças populares, que depreciam a pessoa com depressão, tais como a falta de vontade, uma fraqueza psíquica ou coisas assim.

Como ninguém consegue produzir melhoras, aflora um sentimento de frustração e impotência muito desgastante, principalmente quando se junta à mistura das tais crenças populares. Além disso, deve-se considerar o impacto social e econômico que a doença pode representar para toda a família.

É assim que os parentes de pessoas deprimidas, bem como os(as) companheiros(as) também sofrem de preocupação excessiva, raiva, exaustão e até mesmo raiva com a persistência daquele estado de humor problemático.

Apesar de serem poucos os trabalhos sobre indicativos, variáveis clínicas e sociais que levam os portadores de Transtornos Afetivos a apresentar maus ajustamentos sociais, a constatação de que isso acontece parece ser unânime. As principais esferas atingidas pelos Transtornos Afetivos estão nas áreas de trabalho e relacionamento interpessoal, com 1/3 dos pacientes apresentando desempenho ruim tanto no trabalho quanto no ajuste em outras áreas (Tsuang,1980).

Adriana Tucci (2001), verificou predomínio da Depressão em mulheres, e o relacionamento familiar teve papel significativo no resultado de ajustamento social. Entre portadores de Transtornos Afetivos, os pacientes unipolares e os distímicos tiveram melhores resultados no ajustamento social e no relacionamento familiar do que aqueles com Transtorno Afetivo Bipolar ou com a chamada Depressão Dupla, que é quando um episódio depressivo acomete quem já tem Distimia.

Tucci cita ainda pesquisa de Leader Klein, que avaliaram o relacionamento familiar de pacientes com Depressão Unipolar, Distimia e Depressão Dupla. Descreveram que pacientes com depressão dupla foram os que apresentaram, significativamente, piores resultados em relação aos outros dois grupos, e os pacientes distímicos apresentaram relacionamento familiar mais prejudicado do que os unipolares; porém, essa diferença não assumiu significância estatística. Esses dados são semelhantes aos apresentados pelos pacientes do presente estudo.

De fato, é de se supor que as maiores dificuldades de convivência familiar, social ou conjugal sejam com pacientes distímicos, já que a Distimia está identificada com aquela característica de personalidade conhecida como mau-humor. A convivência com pessoas mau-humoradas é, inegavelmente, muito difícil.

2 comentários:

Unknown disse...

Me chamo Bianca, e a pouco tempo me descobri no meio desse turbilhão de pensamentos, dores, lágrimas e sentimentos chamado DEPRESSÃO.

Tenho 31 anos, e graças a Deus, as pessoas que me cercam tem me ajudado muito nesse meu processo de aprendizado, pois é assim que estou preferindo tratrar a doença.Criei um Me chamo Bianca, e a pouco tempo me descobri no meio desse turbilhão de pensamentos, dores, lágrimas e sentimentos chamado DEPRESSÃO.

Tenho 31 anos, e graças a Deus, as pessoas que me cercam tem me ajudado muito nesse meu processo de aprendizado, pois é assim que estou preferindo tratrar a doença.
Criei um espaço para que seja o NOSSO espaço de melhora, de desabafo, para tirarmos nossas dúvidas e somar nossas experiências.
Gostaria de sua opinião e presença nele.
Grata



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1000deise disse...

Estou com depressao por estar com sobrepesp. Engordei 10kg em um ano e 2meses. Me ajudem!