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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Imunologia e Emoções




É no Sistema Límbico que tem início a função psíquica de avaliar a situação, os fatos e eventos de vida. Esse modo de avaliação sempre leva em consideração vários elementos, tais como, a personalidade, a experiência vivida, as circunstâncias atuais, as normas culturais. Acontecem também a partir do Sistema Límbico, as diversas interações entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico, fazendo interagir as percepções córticocerebrais com o hipotálamo.

O Estresse, por sua vez, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é um termo que compreende um conjunto de reações fisiológicas, as quais, sendo exageradas em intensidade e duração, acabam por causar desequilíbrio no organismo, freqüentemente com efeitos danosos.

As primeiras constatações do Estresse emocional foram relatadas a partir de 1943, quando então se comprovou um aumento da excreção urinária dos hormônios da suprarenal (cortisol e adrenalina) em pilotos e instrutores aeronáuticos em vôos simulados. Alguns anos antes essas alterações já haviam sido suspeitadas pesquisando competidores de natação momentos antes das provas.

O conceito original de Estresse, entretanto, foi apresentado antes (1936) pelo pesquisador canadense de origem francesa Hans Selye, a partir de experimentos em que animais eram submetidos a situações agressivas diversas (estímulos estressores), e cujos organismos respondiam sempre de forma regular e específica.

Selye descreveu toda ocorrência do Estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, com três fases sucessivas: alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento, observava o surgimento de algumas doenças, tais como a úlcera péptica, a hipertensão arterial, artrites e lesões miocárdicas.

Mais importantes que os estímulos objetivamente tidos como estressores, são os estímulos estressores avaliados e julgados como tais pelas diferentes pessoas. Existe uma sensibilidade (afetiva) pessoal e particular em cada um de nós, constituindo um conjunto de mecanismos dos quais o organismo lança mão em reação aos agentes particularmente tidos como estressores, caracterizando a forma como cada pessoa avalia e lida com estas situações.

Essa sensibilidade pessoal à realidade explica por que avaliamos desta ou daquela forma as situações tidas como desafiadoras, enfrentando-as ou não, e reagindo à elas de maneiras particularidades e muito pessoais, "permitindo" assim que elas exerçam maior ou menor repercussão sobre o organismo.

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