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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Osteopenia?




Introduzida em 1988, a tecnologia chamada "absorciometria de feixe duplo de RX", tornou-se uma ferramenta amplamente utilizada para verificar a densidade óssea, ou seja, a quantidade de minerais presentes nos ossos de uma pessoa.

Teoricamente isso pode ser feito em qualquer região do corpo, mas, por estudos, duas regiões, mais ligadas a fraturas mais freqüentes, são as escolhidas: coluna lombo-sacra e fêmur.

Os resultados desses exames são empregados para diagnosticar a osteopenia e a osteoporose, que são níveis progressivamente mais profundos de perda de cálcio e os ossos tendem a ter maior probabilidade de fraturas.

Você recebe o diagnóstico de osteopenia se seu "T-score" for de 1,0 a 2,4 pontos menor que a densidade óssea considerada normal em um adulto de 30 anos. Qualquer valor abaixo do desvio padrão 2,5 (o desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística) é considerado osteoporose.

Quando sua densidade mineral óssea é comparada com a média de densidade de sua faixa etárea, sexo, peso e origem étnica ou racial, isso é chamado de "Z-score".

Entretanto o chamado "padrão ouro" para o diagnóstico é o "T-score", que é mais exigente e isso significa que, com o tempo, todas as pessoas verãos seus "T-scores" se afastarem do normal e a pessoa com perda óssea natural relacionada à idade vai apresentar "osteoporose", quer dizer, não deveria ser, por conta da idade, mas é vista clinicamente como sendo...

Existem várias restrições aos exames de densitometria e uma delas é que o aparelho mede apenas o teor de mineral ósseo, mas não capta as informações sobre o colágeno e o cálcio. O excesso de minerais torna os ossos mais quebradiços e o excesso de colágeno, mais fracos.

Essa informação daria mais precisão ao diagnóstico.

Aparelhos de fábricas diferentes também dão informações diferentes, isto é, um exame pode ser normal em um aparelho e dar osteopenia em outro.

Há vários outros fatores em questão, mas acredito que esses, com relação aos aparelhos sejam os mais importantes.

Mas há uma coisa com relação às pessoas, que preocupa também: elas mudam de comportamento com facilidade quando ameaçadas, digamos, por uma "osteoporose", pois elas passam a se sentir frágeis e ficam naturalmente assustadas. Muitas param, por exemplo, de ter atividades físicas, como musculação, quando, na verdade, é exatamente disso que elas mais necessitam para fortalecer os ossos...

Embora eu trate as "osteoporoses", tenho comigo algumas dúvidas com relação a muitos casos, pór exemplo, de uma paciente de 92 anos de idade: é absolutamente normal que seu exame apresente falta de cálcio nos ossos! Será que deveria realmente prescrever os chamados "incorporadores de cálcio", como o alendronato, tão conhecido? Eu prescrevo somente o Cálcio, que é, na verdade uma "reposição" para uma pessoa que já não incorpora tão bem os minerais em seus tecidos, por conta de uma idade mais avançada, não sendo, portanto, uma doença, uma patologia...

Mas, de modo geral, siga as instruções de seu médico, pois, certamente ele está bem preparado para lhe ajudar nessa particularidade.

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