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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jogos virtuais melhoram a atenção e a memória?

Seja pelo excesso de informação ou pelo ritmo de vida alucinante, você já deve ter parado um instante e esquecido o que estava procurando ou o que ia falar. A memória é infinita, mas precisa ser treinada para ter rápido acesso às informações escondidas no seu cérebro.

Com esta necessidade crescente para não perder tempo no seu dia a dia (lembrando onde deixou os óculos, por exemplo) ou no trabalho, surgiram diversos jogos especializados na tarefa. As “academias virtuais” prometem exercitar as funções do cérebro e deixá-lo melhor do que nunca. Mas estes jogos para a mente realmente funcionam?

As pesquisas científicas divergem, algumas afirmam que há melhoras, especialmente em pacientes com problemas de memória como o Alzheimer, outras não indicam ganhos significativos.

Existem muitas pesquisas sobre o desenvolvimento do cérebro e jogos computadorizados, mas ainda não há provas científicas que possam esclarecer se eles são eficientes.

Os jogos são eficientes porque foram desenvolvidos para exercitar adequadamente áreas específicas do cérebro. O jogo pode ser um caça-palavras ou uma batalha naval, que estimula em níveis diferentes as funções cognitivas memória, atenção, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial.

Exercitamos regularmente áreas específicas do cérebro como memória e atenção, e temos programas interativos, em que existem níveis de dificuldade, então é possível ser desafiado constantemente e, assim, não desistir e melhorar suas funções cognitivas.

Jogos computadorizados funcionam como efeito estimulador no desenvolvimento intelectual, permitem maior flexibilidade de raciocínio, desafiam nosso funcionamento executivo, ajudam a treinar e estimular o pensamento lógico, o planejamento estratégico, a solução de problemas, a tomada de decisões, o reconhecimento de erros, a enfrentar situações novas, a inibir reações habituais quando se mostram inadequadas para o momento e o raciocínio dedutivo.

Todas essas funções estão localizadas no lobo frontal, especialmente no córtex pré-frontal, que é responsável por essas manifestações cognitivas e comportamentais.

No entanto, essas habilidades são menos produtivas em algumas funções cognitivas muito importantes como linguagem, incluindo compreensão e expressão verbal, leitura, escrita e alguns aspectos comportamentais, como interagir com o mundo real, com as pessoas, tanto no âmbito afetivo como social.

Sabe-se que várias atividades podem estimular e treinar o cérebro, como jogos de baralho, palavras-cruzadas, xadrez e a leitura. Em uma pesquisa realizada com mais de 5.000 chineses idosos, comparou-se grupos com diferentes atividades de lazer, como assistir à TV, ler e jogar Mahjong (considerado um jogo das 100 inteligências). Os idosos que tinham o hábito do jogo e da leitura apresentaram risco menor de prejuízos cognitivos.

A pessoa quer ter uma memória melhor para lembrar o que tem q comprar no supermercado, para coisas do dia a dia. Jogando muito sudoku o máximo que você vai conseguir é ser um expert em sudoku.

Os games ensinam como focar sua atenção e melhorar a concentração e ainda desenvolvem técnicas de memorização que você já usa naturalmente.

Uma das principais pesquisas sobre a eficiência dos jogos para mente foi realizada pela BBC. A "Lab UK" Bang Goes the Theory testou cerca de 11 mil pessoas. Elas tinham que fazer determinadas atividades, no mínimo 10 minutos ao dia, três vezes na semana, por seis semanas. No final, as pessoas que realizaram treino cerebral e as que simplesmente usaram a internet durante mesmo tempo tiveram ganhos cognitivos semelhantes.

Eles observaram melhoras progressivas no desempenho no jogo, mas os ganhos cognitivos não acompanharam essa 'performance'. Não identificaram melhoras no raciocínio geral, nas funções de memória, planejamento e nem nas habilidades visuais e espaciais.

A resposta dos especialistas em jogos para a mente não diverge da conclusão da própria pesquisa: é necessário mais tempo de atividade para verificar benefícios no funcionamento cognitivo.

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