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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Gordura no Fígado ou Esteatose Hepática ou NASH.

Condição assintomática (sem sintomas)com potencial para levar à cirrose e ao câncer hepático, a Esteatose Hepática (NASH - nonalcoholic steatohepatitis) ocorre em pessoas não etilistas, mas as células do fígado apresentam padrão semelhante ao padrão da esteato-hepatite alcoólica, com acúmulo de gordura nas células hepáticas (do fígado) sem sinais inflamatórios até um quadro celular com componente necroinflamatório (esteato-hepatite com inflamação e sinais de morte celular), associado ou não à fibrose (cicatrização do tecido do fígado).

Há maior número de casos em países industrializados ocidentais, onde atinge entre 20 a 40% da população; predomínio entre 40 e sessenta anos de idade, mais os homens do que as mulheres e tem melhor evolução do que o quadro semelhante, devido ao álcool.

Está ligada a diabete tipo 2, dislipidemia (elevação de colesterol e triglicérides - "de nascença" ou não), perda rápida de peso, hipotireoidismo, uso de algumas drogas (amiodarona, tamoxifeno, cortisona, estrogênio sintético, antirretrovirais, tetraciclinas e outras drogas).

Existe, em concomitância, um quadro conhecido pelos médicos por resitência à insulina, que também está presente na Síndrome Metabólica, que já estudamos aqui.

A pessoa portadora de NASH pode apresentar fadiga, mal-estar e desconforto abdominal, além de elevação das enzimas do fígado nos exames de rotina.

No ultrassom há presença de gordura infiltrada no meio do tecido hepático. Essas imagens foram estudadas e são classificadas em graus de gravidade, por questões de avaliação e de método de estudo, isto é, para melhor compreensão do estado de saúde do paciente.

Uma vez feito o diagnóstico do quadro, o principal objetivo, atualmente, é o controle dos fatores de risco associados a ele. Por isso é recomendado o controle da obesidade, das alterações de colesterol e triglicérides, além dos cuidados para com o diabete.

A perda de peso deve ser gradual e sempre acompanhada de atividade física adequada para a situação.

O médico clínico tem condições de orientar e conduzir facilmente esses casos, mas eventualmente ele mesmo poderá encaminhar a um especialista, sendo necessário e o melhor para o paciente.

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