A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é causada pela infecção polimicrobiana do trato genital superior, originária de foco uterino, vaginal ou cervical.
Dependendo da virulência ("força") do germe, pode haver progressão: endometrite, salpingite, pelviperitonite, ooforite, peri-hepatite (Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis), abscesso tubo-ovariano ou de Fundo de Saco de Douglas.
Os micróbios são sexualmente transmissíveis (clamídia, gonococo, micoplasmas, tricoma e vírus) ou endógenos (Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis, etc).
A freqüência do quadro é subestimado, pois a maioria dos quadros tem evolução subclínica, mas atinge mais mulheres de 15 a 24 anos de idade.
A cura é demorada, podendo se arrastar por 4 a 6 semanas, prejudicando a capacidade produtiva da mulher.
Após um episódio, há aumento da possibilidade de gravidez ectópica em 15%.
Cerca de 12% das adolescentes sexualmente ativas têm pelo menos um episódio até completar 20 anos de idade.
Parceiros múltiplos e sexo inseguro aumentam os riscos da doença.
Duchas terapêuticas contribuem para a continuidade do quadro.
São queixas comuns: dor em baixo ventre ou região lombo-sacral, sintomas genitourinários, corrimento, sangramento vaginal, dores à relação sexual (dispareunia) e dor para urinar (disúria), febre, náuseas, vômitos (nesse caso há preocupação com peri-hepatite).
Há casos nos quais é necessário internar a paciente para o tratamento.
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