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sábado, 10 de julho de 2010

Um pouco de estresse pode ajudar no combate ao câncer.

Ter algum nível de estresse pode ser bom para a saúde, ajudando no combate ao câncer, segundo publicado nesta sexta-feira na revista científica Cell. Em testes com ratos, cientistas americanos e neozelandeses observaram que os animais colocados em situações estressantes - incluindo brigas com outros ratos - tinham melhores resultados na luta contra os tumores do que aqueles deixados quietos. “A forma como vivemos pode ter um impacto muito maior sobre o prognóstico do câncer do que pensávamos anteriormente”, explicaram os autores.

Na pesquisa, os cientistas injetaram células com melanoma - um tipo de câncer de pele - nos roedores, e colocaram alguns deles em gaiolas grandes, cheias de brinquedos e muito mais ratos do que o normal, deixando outros em gaiolas convencionais. Após três semanas, os tumores tinham reduzido quase pela metade nos ratos que estavam nas gaiolas cheias de estímulos, estando 77% menores após seis semanas; enquanto o câncer apenas crescia nos outros ratos. Além disso, os tumores desapareceram completamente em 17% dos ratos do primeiro grupo, mesmo sem tratamento.

Os pesquisadores destacam que o fato de esses ratos serem mais estressados - alguns tinham mais marcas de mordida e de luta - pode cumprir um papel no combate aos tumores. Segundo especialistas, a resposta do organismo ao estresse é complexa, e os hormônios liberados podem ter efeitos positivos. Comprovando essa teoria, experimentos mostraram que os ratos estressados produziam mais fator neurotrófico, que reduz a produção de leptina, hormônio associado ao apetite, mas também ao melanoma, ao câncer de próstata e de mama.

Embora muitos dos mecanismos em humanos sejam diferentes, os pesquisadores concluíram que esta pode ser uma lição para todos: não devemos simplesmente evitar o estresse. “Devemos estar envolvidos em esportes coletivos e em grupos sociais, onde há diversas dinâmicas interativas que são um pouco desafiadoras para nós”, concluíram os especialistas.

fonte: blogsaúde

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