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sábado, 27 de setembro de 2008

Imunização



A imunização é um conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um estado de resistência, ou seja, de imunidade, contra determinadas enfermidades infecciosas.

É uma das estratégias de prevenção mais significativas. No mesmo nível de importância, como medida de proteção e promoção à saúde infantil, estão a amamentação, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e o controle - tratamento precoce da diarréia infantil.

As crianças são as que mais sofrem com a caótica situação sócio-econômica de países subdesenvolvidos como o nosso, Brasil. Esta fato reflete-se nos altos índices de mortalidade (em algumas regiões do país) e a formação de contingentes de indivíduos com sequelas físicas, intelectuais psicológicas, decorrentes de doenças preveníveis por esquemas básicos de imunização.

Entretanto a imunização não está isenta de riscos (SCHMITZ et al, 1989):

infecção no local da inoculação;
transmissão de doenças por meio do produto injetado e contaminação do material empregado na administração;
complicação devido a outros composto dos produtos imunizantes (hidróxido de alumínio,...);
encefalite pós-vacinal, quando da utilização de antígenos vivos;
agravamentos de enfermidades crônicas cardíacas, renais, do sistema nervoso central, entre outras;
reações locais gerais: nódulos, edemas, dor ou mal-estar, lipotimia, entre outras;
reações de hipersensibilidade;
complicações específicas secundárias à natureza e tipos de antígenos ou substâncias fontes de anticorpos.

TIPOS DE IMUNIZAÇÃO

A imunidade pode ser natural ou adquirida (SCHMITZ et al, 1989):

A imunidade natural compreende mecanismos inespecíficos de defesa de pele, pH, e a imunidade conferida pela mãe através da via transplacentária e pelo leite materno ao recém nascido.

A imunidade adquirida pode ser espontânea, após um processo infeccioso, ou induzida de maneira ativa ou passiva:

passiva: administração de anticorpos previamente formados (imunoglobulinas) ou soros hiperimunes. Útil em pacientes com defeito na formação de anticorpos ou imunodeprimidos;
ativa: uso de microorganismos vivos atenuados, mortos e componentes inativados de microorganismos.
Contra-Indicações

São consideradas contra-indicações gerais ao uso de vacinas de bactérias ou vírus vivos (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO, 1994):

portadores de doenças com deficiências imunitárias, como imunodeficiência combinada à gamaglobulina ou hipogamaglobulina;
pacientes com imunodeficiências por defeitos congênitos ou enfermidades ativas do sistema linfóide ou reticuloendotelial (leucemia, linfoma, doença de Hodgkin...);
imunodepressão devido a terapia com corticóide sistêmico em altas doses, com antimetabólitos, agentes alquilantes ou irradiação;
grávidas, salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como febre amarela, por exemplo.
Com relação a pacientes HIV positivos assintomáticos, poderão receber todas as vacinas do esquema básico; os doentes com AIDS só não poderam receber a BCG.

Há casos em que a vacinação precisa ser somente adiada:

tratamento com imunossupressores (corticosteróides, quimioterapia antineoplásica, radioterapia,...), deve-se adiar para 90 dias após a suspensão do uso da substância;
durante a evolução de doenças agudas febris graves;
não recomenda-se aplicar a BCG em crianças com menos de dois quilos de peso.

CALENDÁRIO VACINAL

(adotado pelo Programa Nacional de Imunizações, modificado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo-SP, 1998)

IDADE VACINAS
1 mês * BCG e hepatite B
2 meses DPT, poliomielite e hepatite B
4 meses DPT e poliomielite
6 meses DPT e poliomielite
9 meses Sarampo e hepatite B
15 meses DPT, poliomielite e MMR
5 ou 6 anos DPT e poliomielite
15 anos** DT

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