Pesquisar este blog

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Equipe recria células do ouvido que se perdem em deficientes auditivos.


Trabalho feito com camundongos traz esperança contra surdez.

Alterações genéticas em embriões de camundongo podem ser um passo importante para uma futura terapia contra deficiências auditivas severas, mostra um estudo na última edição da revista científica "Nature" . Uma equipe de pesquisadores americanos usou a inserção de um gene para criar uma quantidade extra de células capilares internas -- as estruturas que transmitem as vibrações do som para o sistema nervoso. E mais: verificaram que as células geneticamente modificadas realmente funcionam como deveriam.

Como o sumiço dessas células é a principal causa da perda de audição, replicar a façanha em seres humanos corresponderia a uma forma de terapia genética contra a surdez parcial ou total. No entanto, John V. Brigande, co-autor do estudo e pesquisador Centro de Pesquisas da Audição do Oregon (EUA), pede cautela. "Nosso objetivo era expressar [ativar] de forma diferente um gene e caracterizar seu fenótipo [a manifestação daquela característica]. Outras pessoas é que estão rotulando o trabalho como terapia genética. Adotar ou não essa abordagem ainda é uma questão em aberto".

Não é a primeira vez que uma baciada extra de células capilares do ouvido (apelidadas pelos pesquisadores de "células supranumerárias") foi produzida, mas até então ninguém havia demonstrado que elas funcionavam como deveriam. Pode-se considerar as células capilares como o "meio de campo" do sistema auditivo. Localizadas no ouvido interno, elas primeiro captam as vibrações sonoras, que são transmitidas pela vibração do ar e do líquido que existe nessa região do sistema auditivo. Depois, outras células capilares traduzem essas vibrações em sinais elétricos, os quais, então, são repassados por neurônios ao cérebro, finalmente levando à percepção do som.

Nenhum comentário: