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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Hepatites.


doença inflamatória do fígado que compromete suas funções. Existem vários fatores que podem causar hepatite.

Ela pode ser viral (quando for causada por um vírus), auto-imune (quando nosso sistema imunológico reconhece seus próprios tecidos como estranhos, atacando-os para destruí-los) ou ainda ser causada por reação ao álcool, drogas ou medicamentos, já que é no fígado que essas substâncias são transformadas.

Existem vários tipos de hepatites, mas aqui trataremos das hepatites virais, abordando os tipos mais comuns (A, B e C), explicando suas diferenças E as vias de transmissão.

Podem ser agudas ou crônicas.

Uma doença aguda é aquela que tem início repentino e geralmente apresenta sintomas nítidos. Quanto o organismo não consegue curar-se em até 6 meses, a doença passa então a ser considerada crônica e muitas vezes não apresenta sintomas.

Um vírus é um minúsculo microorganismo, muito menor e mais simples do que uma célula humana. Uma vez dentro do nosso corpo, o vírus da hepatite invade o fígado, toma posse das células e passa a se reproduzir. Seu ataque debilita as células e provoca a inflamação.

Até agora, há sete tipos de hepatites virais específicas conhecidas - A, B, C, D, E, F e G. Cada uma delas é causada por um vírus diferente. Além disso, há também outros vírus que atacam primariamente outros órgãos e que podem secundariamente comprometer o fígado como o vírus da Herpes ou o citomegalovírus (CMV).

Das mais comuns, temos a Hepatite A, que é transmitida por via oral-fecal, isto é, água e alimentos contaminados com o vírus. É uma doença habitualmente benigna, controlável em suas manifestações e seqüelas, com cuidados gerais de manutenção do paciente.

O vírus da hepatite B (VHB), que causa uma séria forma de hepatite, é transmitido quando o sangue ou fluidos orgânicos contaminados por ele penetram na corrente sangüínea, através de injeções ou ferimentos.

O VHB pode ser encontrado no sangue, na saliva, no sêmen, na secreção vaginal, no fluxo menstrual e no leite materno. Todas essas secreções podem eventualmente transmitir o vírus, que é bastante resistente ao meio ambiente.

Em um número significativo de pacientes, o meio de transmissão não é identificado.

De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 2 bilhões de pessoas foram contaminadas pelo VHB. Dessas pessoas, 300 milhões evoluíram para doença crônica (2002).

O vírus da hepatite C é transmitido quando o sangue contaminado por ele penetra na corrente sangüínea através de transfusões, acupuntura, agulhas ou seringas compartilhadas, tatuagens, piercings, instrumentos de manicure, ferimentos, entre outros.

Como acontece com o VHB, numa parcela significativa de pacientes o meio de transmissão não é identificado.

Cerca de 80% das infecções pelo VHC evoluem para casos crônicos. Atualmente, a cirrose e o câncer de fígado relacionados à hepatite crônica C são a maior causa de transplantes nos Estados Unidos.

O VHC apresenta vários subtipos, os genótipos, que são importantes porque apresentam diferentes respostas ao tratamento. O genótipo 1, por exemplo, apresenta resposta mais difícil do que os demais (não-1).

Segundo as estimativas da OMS, existem 170 milhões de pessoas contaminadas no mundo. No Brasil, esse número é de aproximadamente 3,2 milhões (1,88%).

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