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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Doenças na Internet


Calcula-se que cerca de 80% dos usuários da Internet procurem por informações relativas à saúde, a maioria delas fazendo pesquisas com palavras-chave para doenças específicas.

Sobre os benefícios da Internet para o profissional médico em geral tem sido inegável a enorme facilidade ao acesso e aquisição do conhecimento, para a possibilidade de continuada atualização e a possível ampliação da integração com outros profissionais do mundo todo e, algumas vezes, em tempo real.

Ao lado da inegável utilidade da internet, às vezes somos tentados a crer que a anedota segundo a qual "o computador veio para resolver muitos problemas que não tínhamos", poderia ser aplicado textualmente à web. Portanto, essa visão anedótica sugere, como já seria de se esperar, que a internet tem pontos muito positivos e alguns bastante negativos.

Vejamos esses prós e contras:

Vantagens
A internet oferece ao médico, bem como para as pessoas relacionadas profissionalmente à área, uma quantidade de informações inimaginável. Essa democratização da informação científica, coloca à disposição dos interessados quase 2 milhões de páginas onde aparece a palavra psychiatry (em inglês), por exemplo, cerca de 139.000 em alemão, 110.000 em francês, 90.000 páginas em espanhol e 50.000 em português (fonte:Google).

Tal facilidade de comunicação profissional acaba por caracterizar a desinformação como uma espécie de "crime de omissão", tamanha a disponibilidade de todo esse material informativo. Novos medicamentos, casos clínicos, descrições minuciosas, teses e monografias, últimas pesquisas, estatísticas, enfim, tem tudo e muito mais que um profissional deve saber para que o exercício de sua profissão seja desempenhado com o mesmo nível de modernidade e eficiência em qualquer lugar do mundo.

Para o paciente
O paciente também tem benefícios com a internet. As informações que eram negadas por uma postura mais elitista da medicina são, agora, oferecidas com a facilidade de um apertar de botões. Ali ele pode ter noções, básicas ou não, do potencial de risco de dependência de seus filhos, dos transtornos de personalidade de seu genro, dos efeitos colaterais dos medicamentos que toma, das causas de suas fobias, da doenças sexualmente transmissíveis, câncerer e assim por diante.

Alguns, além de visitarem os muitos sites de medicina e saúde, também agendam consultas, enviam e-mails aos profissionais disponíveis, aos variadíssimos grupos de apoio, participam de fóruns, de grupos de discussão, etc. Muitos são aqueles que encontram na web um consolo para seus males, ou uma lenitiva cumplicidade e solidariedade de pessoas com os mesmos problemas.

Desvantagens
As desvantagens, por incrível que pareça, também são decorrentes do excessivo volume de informações. Verdadeira causa de angústia e desespero entre os profissionais, a consciência do tanto de coisas que devemos saber e não sabemos acaba por produzir um desagradável sentimento de insuficiência em alguns profissionais. Um pouco de consolo deve ser conseguido se lembrarmos que 35% das informações são repetidas.

Só o mecanismo de busca científica MEDLINE dispõe de mais de 19 milhões de artigos médicos. Para se ter uma idéia, buscando pela palavra fluoxetine a MEDLINE disponibiliza 5.600 artigos e se a palavra for schizophrenia surgem nada menos que 53.900 artigos. É bom lembrar que 700.000 artigos são acrescidos anualmente na MEDLINE, e não conseguiríamos lê-los em um ano se ficássemos contentes com menos de 1.900 por dia.

Para o paciente
A primeira ameaça da internet aos pacientes são eles próprios, ou seja, a má compreensão daquilo que lêem. Em segundo é a internet, ou seja, é o peço da democratização. Com a profusão de informações, muita coisa de péssima qualidade e procedência duvidosa disputa o mesmo espaço das matérias idôneas e cientificamente bem amparadas.

Alguns sites se dispõem a vigiar as páginas de conteúdo fantástico, esdrúxulo e duvidoso. Aliás, o site Quack Watch, que é um deles, aceita colaboradores .... (visite http://www.geocities.com/quackwatch)


informações da psiqweb

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