Pesquisar este blog

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Unicamp desenvolve creme de insulina p/acelerar cicatrização


Pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um creme à base de insulina, que acelera a cicatrização de ferimentos em diabéticos. Nestes pacientes, o proceso de cicatrização é bastante lento, colocando a saúde sob risco, com exposição a infecções e, em alguns casos, exigindo amputações.

O novo creme já está registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), só dependendo da finalização dos testes em humanos para ser lançado no mercado brasileiro. A previsão para que isto aconteça é final de 2008.
Segundo o coordenador da pesquisa, endocrinologista Mário Saad, os estudos com animais já foram finalizados e o creme de insulina - como foi batizado popularmente -está sendo testado em 14 pessoas, mostrando alta eficácia.

O produto desenvolvido na Unicamp conseguiu igualar o tempo de cicatrização de ferimentos em animais diabéticos e não-diabéticos. Saad explicou que, nos testes, um corte de um centímetro levou nove dias para cicatrizar totalmente em animais saudáveis; já nos diabéticos, a cicatrização, que era de 15 dias, com o uso do creme, também ocorreu em nove dias.

Nos Estados Unidos existe um outro tipo de creme (PDGF), cuja aplicação tem o mesmo objetivo. Mas Saad afirma que o produto brasileiro leva uma vantagem considerável: "depois de lançado no mercado, nosso creme - primeiro produto à base de insulina utilizado para acelerar a cicatrização de feridas - será infinitamente mais barato." Outro diferencial importante é que o novo creme não é absorvido pelo organismo: "sua ação se restringe ao local do ferimento e não há qualquer contra-indicação", explicou o médico.

"Ainda é prematuro dizer se o creme acelera o processo em qualquer circunstância, pois ainda não o testamos em humanos não-diabéticos. Mas é provável que vítimas de outras patologias, como hipertensão e varizes, que causam retardo na cicatrização, também possam se beneficiar", informou otimista o endocrinologista.

Nenhum comentário: