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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

AFTAS!


Estomatite aftosa ou aftóide-recorrente

É um distúrbio comum, caracterizado por lesões ulceradas (abertas, profundas, ovais, sem cobertura) e dolorosas da mucosa da boca, de caráter recorrente (em surtos), não traumática, em geral com duração de até 2 semanas.

Predomina em mulheres, em qualquer idade, podendo ter um padrão familiar. Afeta mais indivíduos da classe média e alta.

A causa é muito controversa, mas é, sem dúvida, múltipla, havendo uma alteração das respostas imunológicas. Os fatores desencadeantes incluem estresse (pesquisar ansiedade, depressão), hematológica (baixa de leucócitos), (nutricional, deficiente de ferro e vitamina B12), gastro-intestinal, endócrina (desaparece na gravidez, vai da menarca à menopausa), infecciosa, alérgica e alimentar.

Parece ter importância a hereditariedade e fator auto-imune.

Há muitas ligações das aftas com erro ou inadequação da higiene bucal: quem não se higieniza adequadamente, está mais propenso a ter aftas!

A lesão começa com vago desconforto por até 48 horas, surgindo uma úlcera avermelhada, pequena e oval. A dor é intensa e a úlcera é arredondada e bem definida com 2 a 5mm, profunda e com base amarelada. A área em torno é avermelhada, durando de 5 a 7 dias com desaparecimento completo em até 14 dias, podendo nos casos graves ser de tamanho maior e durar mais.

As úlceras curam espontaneamente, mas são comuns episódios de recorrência, com 1 a 5 úlceras em cada surto.
As lesões maiores que 1 cm em geral deixam cicatrizes.
As lesões menores (1mm - 1cm) em geral não atingem a gengiva e palato duro e não deixam cicatrizes.

O diagnóstico em geral é feito pela história clínica e aspecto das lesões. As lesões únicas devem ser diferenciadas das úlceras traumáticas. As lesões múltiplas devem ser diferenciadas do herpes simples (pode ser feito exame da base da úlcera para auxiliar no diagnóstico).

Exames de sangue muitas vezes auxiliam a detectar alguma anormalidade ou deficiência que possa ser corrigida para melhora do quadro.

No surto, podem ser usados agentes protetores, anti-sépticos, analgésicos tópicos - todos para aliviar os sintomas e inflamação e prevenir infecção secundária.
Devem ser suspensos alguns alimentos para observar menos recidivas.
Nos casos mais graves, medicações orais são preconizadas para prevenir recidivas, atuando na melhora do quadro imunológico.

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